Algumas das causas desse processo inflamatório são: envelhecimento, tabagismo, constipação, uma dieta pobre em fibras (característica comum na rotina alimentar da população), obesidade e sedentarismo.
Chamamos de “diverticulose” a simples presença desses divertículos no intestino grosso. Os pacientes portadores da doença são, em geral, assintomáticos e a afecção é comum em pessoas a partir da meia-idade. Estima-se que aos 50 anos metade das pessoas tenha divertículos, assim como praticamente todos aos 80.
Uma pequena parcela da população que possui divertículos pode desenvolver a doença diverticular, apresentando alguns sintomas como dor abdominal e mudança no hábito intestinal.
O diagnóstico pode ser realizado através da investigação do histórico clínico, exames laboratoriais (sangue, fezes e urina), exames radiológicos (clister opaco e tomografia computadorizada) e do exame endoscópico (colonoscopia). A grande maioria dos pacientes com doença diverticular necessita de tratamento clínico baseado principalmente na correção dos hábitos alimentares e eventualmente no uso de analgésicos. O fator mais importante na correção dos hábitos alimentares é o aumento da ingestão de fibras (legumes, verduras, frutas e grãos) na dieta.
Em alguns casos, os pacientes podem apresentar uma infecção nos divertículos chamada de diverticulite, sendo essa a complicação mais comum dessa doença. A suspeita desse quadro ocorre quando o paciente apresenta sintomas como febre, mal-estar, dor permanente no abdômen e alteração do funcionamento intestinal. Nesses casos, o paciente deve procurar o atendimento médico imediato.
O tratamento clínico é baseado na utilização de antibióticos. O cirúrgico é reservado para os casos mais graves que não melhoram com o tratamento clínico e evoluem com a formação de abscesso ou peritonite (infecção grave no abdômen), necessitando de cirurgia de emergência. Nos pacientes operados de emergência eventualmente é necessária a confecção de uma colostomia (colocação de parte do intestino grosso na parede do abdômen necessitando de uma bolsa coletora) que, nesse caso, pode ser temporária sendo revertida em alguns meses.
Pacientes com crises de diverticulite recorrentes podem apresentar estenose (estreitamento do intestino) ou fístula (comunicação fora do comum entre o intestino grosso com os órgãos vizinhos como bexiga, vagina, útero, intestino delgado, pele etc), que necessitam de tratamento cirúrgico eletivo (programado).
A cirurgia para tratamento da diverticulite consiste na retirada da porção de intestino acometida, seguida de reconstrução do trânsito intestinal (anastomose). Esse procedimento pode ser realizado através de técnica minimamente invasiva, utilizando material para laparoscopia.
A técnica laparoscópica garante menor agressão ao organismo do paciente, uma vez que são realizadas pequenas incisões, através das quais são inseridos instrumentais e ótica, que conectados à uma câmera e a um monitor permitem a visualização da cavidade abdominal.
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