O cisto pilonidal (sacrococcígeo) consiste em uma inflamação que acomete pele e tecido subcutâneo da região entre as nádegas, geralmente cerca de 5cm acima do ânus. O processo inflamatório pode resultar na formação de abscessos, fístulas e tecido morto (necrose). O termo “pilonidal” tem origem no latim (pilus=pelo e nidus=ninho) e se refere ao ninho de pelos normalmente encontrado no interior da cavidade (sinus), de origem ainda controversa.
Figura 1. Representação de cisto pilonidal | (Fonte: Portal Brasil 10. Acesso em 31/08/2017)
A doença é relativamente comum em jovens do sexo masculino (15 a 30 anos de idade), correspondendo a até 80% dos casos. Os cistos pilonidais geralmente resultam em dor, inchaço na região, vermelhidão e calor durante a fase aguda, na qual a drenagem da secreção é fundamental para alívio do paciente, associada a administração de antibióticos. Após redução da inflamação, a excisão cirúrgica do cisto pode ser indicada, frequentemente realizada por cirurgia aberta, resultando em uma ferida extensa, que pode levar em média 7 semanas para cicatrização completa.
Uma nova técnica minimamente invasiva para o tratamento de cistos pilonidais é conhecida como E.P.S.I.T. (Endoscopic Pilonidal Sinus Treatment), e resulta em melhor resultado estético e menos tempo de recuperação pós-operatória, garantindo ao paciente um retorno mais rápido a suas atividades habituais.
Figuras 2 e 3. Comparação entre ferida pós-operatória cirurgia convencional e E.P.S.I.T. | (Fonte: Google e Scielo. Acesso em 31/08/2017)
O procedimento é realizado com o auxílio de um instrumento ótico fino (fistuloscópio) conectado a um sistema de vídeo e irrigação com solução hipertônica, permitindo a visualização da fístula. A retirada do conteúdo é feita através de uma pinça de apreensão de corpos estranhos, e o arcabouço (tecido de granulação) desta cavidade deve ser destruído por cauterização. Por fim, o tecido cauterizado é retirado através do atrito de uma escova de citologia e o orifício é ampliado para facilitar a drenagem e cicatrização. Esta intervenção resulta em feridas pós-operatórias bastante reduzidas (cerca de 2cm), com cicatrização completa ocorrendo em aproximadamente 3 semanas.
Figura 4. VAAFT – KARL STORZ GmbH (Tuttlingen, Germany) | (Fonte: Karl Storz. Acesso em 31/08/2017)
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Fonte: MENDES, C.R.S. et al. Endoscopic Pilonidal Sinus Treatment (E.P.S.I.T.): a minimally invasive approach. Rio de Janeiro: Journal of Coloproctology, 2015.
MEINERO, P. et al. Endoscopic Pilonidal Sinus Treatment: a prospective Multicenter Trial. Colorectal Disease, 2016.
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