Obesidade e cirurgia bariátrica minimamente invasiva

Cirurgia Bariátrica
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A obesidade é o acúmulo excessivo de gordura corporal. A doença está associada a diversos problemas de saúde e é considerada por muitos a maior epidemia do século XXI. Considera-se que mais de 600 milhões de pessoas no mundo e 80 milhões de brasileiros são obesos. Apesar de múltiplos fatores estarem envolvidos no ganho de peso, o aumento da obesidade no mundo se deve principalmente aos hábitos e circunstâncias da vida moderna, entre estes a má qualidade da alimentação e a redução da atividade física.

O tratamento clínico especializado é sempre a primeira indicação para uma perda de peso saudável e duradoura, entretanto, a cirurgia é opção para pacientes com obesidade moderada a grave, quando houve falha do tratamento clínico e as doenças associadas ao excesso de peso começam a ameaçar a saúde. O tratamento cirúrgico da obesidade é amplamente reconhecido como método seguro e eficaz para a redução de peso em pacientes com obesidade mórbida.

Segundo recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), a indicação para cirurgia bariátrica se baseia no cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), calculada da seguinte maneira:

 

IMC = PESO(KG)
[ALTURA(M)]²

IMC Classificação Grau de Obesidade Risco de Doença
<18 Baixo Peso 0 Elevado
18,5-24,9 Normal 0 Normal
25,0-29,9 Sobrepeso 0 Pouco Elevado
30,0-34,9 Obesidade I Muito Elevado
35,0-39,9 Obesidade II Extremamente Elevado

Tabela 1. Cálculo do Índice de Massa Corporal e Classificação OMS da Obesidade.

 

A cirurgia bariátrica é recomendada para pacientes com IMC acima de 40kg/m², ou acima de 35kg/m² com doenças associadas. As principais doenças associadas a obesidade são diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial sistêmica, alterações cardiovasculares, apneia do sono e doenças articulares degenerativas. Estima-se que mais de 7 milhões de brasileiros tem indicação para procedimentos cirúrgicos de redução de peso.

O Brasil é hoje o segundo país no mundo em número de cirurgias bariátricas, e em 2016, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, foram realizados cerca de 100 mil procedimentos, com crescimento de 7,5% em relação ao ano anterior. Considerada uma das maiores evoluções tecnológicas da medicina, a videocirurgia também apresenta crescimento na cirurgia bariátrica, devido a menor morbidade, proporcionando redução na dor e nas complicações pós-operatórias e retorno mais rápido do paciente às atividades habituais.

A gastroplastia em Y de Roux (Gastric Bypass) é o procedimento mais utilizado para tratamento da obesidade no mundo, consiste em uma técnica na qual o estômago é reduzido a uma pequena bolsa com capacidade de cerca de 20 mL. O intestino delgado é seccionado a cerca de 75 cm da junção duodenojejunal e unido ao restante da alça cerca de 150 cm adiante, formando um Y. Com isto, a ingesta entra em contato com as enzimas digestivas após progredir um longo trajeto do intestino delgado, o que reduz a absorção dos nutrientes contidos na mesma.

Já a gastrectomia vertical (Sleeve Gastrectomy) é um procedimento mais recente, aprovado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em 2000, que consiste na remoção da curvatura maior do estômago, reduzindo-o a um tubo vertical de capacidade diminuída em 70 a 80%.

 

Figura 1 - Técnicas de Cirurgia Bariátrica. (Bypass e Sleeve).
Fonte: Gastroplastia Nossa Vitória. Acesso em 31/08/2017

 

O paciente obeso apresenta parede abdominal bastante espessa e por este motivo, em alguns casos o cirurgião necessita de instrumental mais longo, para facilitar o procedimento cirúrgico. A Strattner possui um catálogo para esse procedimento, atendendo a necessidade e a preferência de cada profissional. Conheça a linha de laparoscopia e outros produtos.

Fonte: SBCM. Acesso em 31/08/2017.

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