Com o avanço da tecnologia, os aparelhos eletrônicos se tornaram parte de nossos corpos, e os wearables (dispositivos “vestíveis”) solidificam essa ideia. Estima-se que existam mais de 500 milhões de apetrechos do tipo em uso no mundo, de acordo com projeção da Allied Market Researc.
Os smartwatches, ou relógios inteligentes, são as mais populares ferramentas desse tipo. Por meio de uma conexão com o celular, eles podem passar uma série de informações que o usuário acessa com um simples olhar para o pulso. Com a evolução dos sensores, essas utilidades se expandem e, além de tarefas simples, como contar passos, calcular as calorias gastas em exercícios e medir batimentos cardíacos, medições mais complexas podem ser realizadas, como calcular o nível de oxigenação no sangue, eletrocardiogramas e controle de qualidade do sono.
Com esses dados armazenados, o paciente pode ter mais facilidade em consultas à distância e, também, no controle de algumas doenças crônicas, além de ser um enorme incentivo ao autocuidado. Quando passamos a compreender e a monitorar como o nosso corpo funciona, fica mais fácil como entender e como cuidar dele. Esses dados também permitem observar alterações bruscas, que podem sinalizar problemas de saúde.
Dados sobre saúde são sensíveis, e é necessário ter cuidado para que essas informações não caiam em mão erradas. O Analista de suporte e governança em TI da Strattner, Diogo Lima, afirma que um dos pontos mais importantes para garantir a privacidade do indivíduo é saber a origem dos aparelhos. Outro ponto relevante é observar as configurações do aparato:
“Revise as configurações de segurança do dispositivo e, também, do aplicativo usado para conectá-lo ao seu smartphone, optando sempre por menos compartilhamento de dados. Manter o aparelho sempre atualizado e desligá-lo quando não estiver em uso são medidas importantes”.
Outra prática necessária lembrada pelo Analista é no momento de se desfazer dos smartwatches: “O usuário precisa ter certeza de que todas as informações pessoais foram excluídas, por meio da função ‘restaurar configurações de fábrica". No caso de vazamento de dados, a vítima pode se amparar na Lei Geral de Proteção de Dados e realizar o boletim de ocorrência em uma delegacia especializada em crimes cibernéticos”.
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