Desde a criação da histeroscopia moderna por Hamou em 1979, a técnica teve enorme evolução, uma das mais importantes, creditada a Bettocchi, foi a possibilidade de realizarmos procedimentos durante o exame, tornando possível o tratamento de patologias no mesmo momento que é feito o diagnóstico. Isto é o “see & treat”, ou, “ver e tratar”!
Na sequência deste marco, a miniaturização de ópticas e camisas, o desenvolvimento de técnicas cirúrgicas e instrumentais menores e mais eficientes permitiram a resolução de patologias cada vez mais complexas em ambiente ambulatorial.
Atualmente, com a disponibilidade de pinças, tesouras, ponteiras mono/bipolares e até um mini ressectoscópio, não só biópsias e lises de sinéquias são feitas em nível ambulatorial, mas pólipos e miomas.
Ao tornar possível um tratamento no mesmo momento do diagnóstico, em ambiente ambulatorial, o risco anestésico/cirúrgico é reduzido, vantagem de enorme valor principalmente para pacientes idosas, além de menor custo e rápido retorno às suas atividades.
Há benefício para o histeroscopista também, que consegue otimizar melhor seu horário e realizar mais procedimentos, sem a necessidade em se deslocar ao hospital.
Na saúde pública deveria ser uma prática incentivada, pois, além dos benefícios supracitados, não ocupa salas de centro cirúrgico, deixando-as disponíveis para outros procedimentos.
A histeroscopia é uma técnica em constante evolução e seu futuro é tornar possível, de maneira eficaz, segura e cada vez mais tolerável, a resolução da maioria das patologias uterinas no ambiente ambulatorial.
Descrição: Médico Coordenador do serviço de Endoscopia do hospital MME de VN Cachoeirinha
Histeroscopista e webmaster do Histeroscopia Br e Hysterology.
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