
A tomossíntese mamária digital, também conhecida como mamografia 3D, representa uma evolução significativa em relação à mamografia tradicional. Enquanto a mamografia 2D atua como um exame de raios X, capturando duas imagens bidimensionais da mama, a tomossíntese funciona de forma semelhante à tomografia computadorizada, permitindo a visualização da mama em cortes muito finos. Essa abordagem tridimensional reduz de forma expressiva os efeitos de sobreposição de estruturas, facilitando a detecção de lesões ocultas — um benefício especialmente importante em pacientes com mamas densas.
Nesse cenário de inovação, o uMammo 890i surge como uma solução completa, que traduz os avanços científicos em prática clínica acessível e eficiente. Equipado com modos de tomossíntese de duplo ângulo (15° e 40°) e controle automático de exposição, o equipamento foi desenvolvido para oferecer alta precisão diagnóstica com baixa dose de radiação, atendendo com excelência às demandas clínicas mais exigentes.
A evolução dos métodos de rastreamento mamário está cada vez mais voltada não apenas à melhora da acurácia diagnóstica, mas também à racionalização de recursos e à sustentabilidade dos sistemas de saúde. Nesse contexto, a tomossíntese associada à reconstrução de imagens 2D sintetizadas tem se mostrado uma alternativa tecnicamente superior e economicamente vantajosa quando comparada à mamografia digital convencional.
Segundo Couto et al. (2024), a combinação entre tomossíntese e imagens 2D sintetizadas demonstrou ser mais eficaz e menos custosa do que a mamografia digital isolada. Em um estudo brasileiro, os autores estimaram uma economia de € 954 por paciente ao longo de 30 anos — valor que, considerando a cotação atual, equivale a aproximadamente R$ 5.151 por paciente —, além de um ganho adicional de 5,2 anos de vida ajustados pela qualidade (QALYs). Esses dados evidenciam uma estratégia dominante — ou seja, mais eficiente do ponto de vista clínico e econômico — principalmente para mulheres com mamas densas (BI-RADS B e C).
Essa vantagem clínica se deve, em grande parte, à utilização da imagem sintetizada 2D, que é reconstruída a partir dos dados adquiridos na própria tomossíntese. Isso elimina a necessidade de uma aquisição adicional da imagem digital convencional, reduzindo a dose de radiação, o tempo de compressão e, consequentemente, aumentando o conforto da paciente. No uMammo 890, esse processo é viabilizado pela tecnologia U-View, que permite a reconstrução de imagens 2D sintetizadas a partir dos dados adquiridos na tomossíntese.
Além disso, o uso combinado da tomossíntese com imagens 2D sintetizadas tem impacto direto na sustentabilidade dos programas de rastreamento mamário. Como demonstrado por Couto et al. (2024), essa abordagem reduz as taxas de recall e de biópsias desnecessárias, melhora a detecção precoce e contribui para tratamentos menos invasivos e mais acessíveis. Trata-se de uma estratégia que favorece tanto o cuidado individual quanto a eficiência financeira dos sistemas de saúde.
A adoção da tomossíntese digital associada à imagem 2D sintetizada representa um novo padrão no rastreamento mamário, unindo eficiência clínica, conforto para a paciente e viabilidade econômica. O uMammo 890 contribui diretamente para elevar a qualidade do diagnóstico por imagem no Brasil, reforçando o compromisso da Strattner com a inovação e a saúde da mulher.

Referências
COUTO, Henrique Lima et al. Cost-effectiveness analysis of digital breast tomosynthesis plus synthetic mammography for breast cancer screening in
Brazil. Health Economics Review, [S.l.], v. 14, n. 1, p. 1–10, 2024. DOI: https://doi.org/10.1007/s41669-023-00470-7. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007/s41669-023-00470-7. Acesso em: 26 mar. 2025.
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